terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Acordando, sutilmente ...


A primeira vez que eu tive um relance deste mundo novo, foi aterrorizador. 

Eu compreendi o que significava estar sozinho, com nenhum lugar para descansar a cabeça, deixar todos livres e ser livre você mesmo, ser especial pra ninguém e amar todos - porque o amor faz isso. 

Ele brilha igual no bom e mau; ele faz cair chuva nos santos e nos pecadores igualmente.

É possível para a rosa dizer, “eu darei minha fragrância às pessoas boas que me cheiram, mas recusarei aos maus”? 
Ou é possível para a lâmpada dizer, “eu darei minha luz às pessoas boas nesta sala, mas recusarei aos malignos”?
Ou pode uma árvore dizer, “eu darei minha sombra às pessoas boas que descansam sob mim, mas eu recusarei aos maus"? 

Estas são imagens de o que se trata Amor.

Isso sempre esteve lá o tempo todo, olhando fixamente pra nossa na cara nos manuscritos, embora nós nunca nos ligássemos de ver porque estávamos tão afogados no que nossa cultura chama amor com suas canções de amor e poemas - aquilo não é amor mesmo, isso é o oposto do amor. 

Aquilo é desejo, controle e possessividade. 
Aquilo é manipulação, e medo, e ansiedade - isso não é amor. 

Foi-nos dito que a felicidade é um semblante sereno, um resort de férias. 
Amor não é estas coisas, mas nós temos meios sutis de fazer nossa felicidade depender de outras coisas, dentro de nós e fora de nós.
(Anthony de Mello)

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