domingo, 7 de agosto de 2011

Os anjos do meu jardim


Muitos são poetas, e mais que pernas, possuem asas como os beija-flores.
E voam, e voam em todas as direções da liberdade.
Quando chove, nascem e renascem como as sementes mais ligeiras.
Florescem como as trepadeiras azuis, e falam com suas línguas de pétalas multicores multiamores!
Passeiam nos fins de tarde entre os jasmineiros, e deixam seu perfume entre os meus lábios.
Quando nasce o sol, os pressinto brilhando, sorrindo em cada gota de orvalho, por sobre os manjericões.
São tantos e tão lindos esses seres do mundo do meu encanto!
São leves e doces e suas presenças tão marcantes que as pessoas da sala dificilmente conseguiriam se conter diante deles.
Eu amo os anjos do meu jardim!
Eles são para mim meio guardas, meio cúmplices, meio parte e asas de mim.
Às vezes se metem aqui, coração adentro, mexem nas cordas do meu eu, tocam fogo nos sonhos e nas paixões quase contidas...
Quando partem, deixam em mim veredas de céu, estradas desertas, espaços profundos, que as flores do meu jardim não conseguem preencher.
Como são loucos e divinos os anjos do meu jardim!
(Desconheço autor)

Um comentário:

  1. Anônimo26/3/13

    Procurava esse poema a mais de 20 anos e finalmente o encontrei. Quando o li a primeira vez, não sei exatamente em qual revista, achei tão lindo, que consegui guardar pequenos trechos em minha memória, eles me ajudaram a encontrá-lo hoje. Obrigada por publicá-lo aqui!

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