sexta-feira, 27 de abril de 2012

Benefício duplo




 
[...] Todos temos um sentimento de proximidade com nós mesmos. Mesmo nos casos de aparente ódio a si próprio, algum tipo de cuidado consigo mesmo repousa profundamente dentro de nós.
É a partir do cuidado consigo mesmo que alguém pode gradualmente estender uma atitude parecida aos outros. 
Mesmo animais têm altruísmo, especialmente aqueles cujos filhotes dependem deles por um período. Naturalmente haveria uma ligação especial de amor.
Então esse amor, essa sentimento natural de apreciação, vem de uma necessidade biológica, porque a estrutura, a formação do corpo, é tal que você é obrigado a depender do amor. Para sobreviver, temos que cuidar uns dos outros. 
Já temos a semente do amor ou compaixão ou afeição pelos outros porque temos afeição por nós mesmos. Essa é a semente.
Surge a questão: como desenvolver altruísmo infinito? Parece ser possível desenvolver altruísmo infinito através da sabedoria e inteligência. 
Normalmente, quando alguém fala da necessidade de cultivar amor e compaixão pelos outros, parece que isso trará benefício e ajuda aos outros, mas que não ajuda a própria pessoa, ou que é irrelevante para ela.
Esse é um ponto de vista enganado porque quando você desenvolve amor e compaixão pelos outros, você pode mentalmente desenvolver profunda satisfação e coragem. 
Como resultado, você, o praticante, se beneficia. Você terá menos medo, mais força de vontade, maior autoconfiança. 
Automaticamente, a pessoa fica mentalmente mais calma.
(Dalai Lama)

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