terça-feira, 8 de maio de 2012

Cartas de amor para mim mesmo


VII. Para o que é não há opostos, o bom e o mau não existe

Para o que é não há opostos.
A felicidade e a infelicidade não existem.
O amor e o ódio não existem.
A alegria e a tristeza não existem.
O desespero e a esperança não existem.
Quando existe cada um destes estados em nós, significa que existe ego e não aquilo que verdadeiramente somos.
Para aquilo que verdadeiramente somos não existem opostos.
Apenas existe aquilo que existe.
Isto para o ego é muito difícil de compreender, porque ele vive dos opostos, a oposição a algo é a sua fonte de energia, aquilo pelo qual o ego se alimenta.
O nosso conceito de bem e mal tem de ser eliminado para dar lugar apenas, ao que É.
O que É não é bom nem mau, nem tem nenhuma categoria, nem pode ser adjetivado, é aquilo que é.
Isto não é algo que podemos compreender e assimilar com o ego.
Isto não significa que haja diferentes estados dentro de nós, mas à medida que o ego vai sendo eliminado e desaparecendo e aquilo que somos vai tomando conta de nós e dos nossos processos internos, deixam de existir diferentes estados, apenas para existir apenas um estado, a serenidade ou a paz interior, sem conflitos ou pensamentos opostos.
(Um Tratado Completo de Liberdade – Joma Sipe)


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