terça-feira, 15 de maio de 2012

Cartas de amor para mim mesmo


VIII. Segunda afirmação de luz: Deus habita em mim

Tudo aquilo que sinto, sinto por mim mesmo e, como sei que Deus em mim habita, tudo o que faço é belo, puro e sagrado e a santidade habita em mim.
Desejo Paz a tudo aquilo que possibilitou a minha descoberta e todas as lutas que pensei serem a vida, me ajudaram nessa demonstração do que sempre fui e a carapaça dura e intransigente do meu ego foi quebrada e extinguida e de uma brecha aberta, como um pequeno orifício, consegui quebrar toda essa cobertura e agora ela é destruída segundo a segundo e jamais voltará a ser a mesma.
Isso possibilitou que eu visse mais além, que pudesse voltar a ser quem sou.
Como é pacífico saber Aquele Que Sou, aquele que fui e que sempre serei e que nada do que existe ou existiu ou do que ainda existirá poderá jamais abalar essa minha paz interior e voltar a fazer-me entrar nessa carapaça que criei para mim, pelo meu livre arbítrio e que me separou de mim mesmo e do meu Pai.
Eu jamais fui separado de meu Pai e Ele sempre existiu em mim, apenas me separei Dele em ilusão e Ele, sendo Deus, sempre habitou em mim, pois foi ele que me criou e criou tudo pelo que fui criado e a razão disso tudo existir é porque eu existo.
Eu vejo o meu Pai em tudo o que existe e é tão bom saber-me dentro de tudo e ser tudo.
Eu sou o vento que ecoa nas montanhas.
Eu sou o frio e o calor e todas as manifestações temporais eu sou.
Eu sou as ondas do mar, que na areia encontram o seu descanso, eu sou todas as criaturas marinhas e tudo o que habita nas profundezas do oceano.
Eu sou o céu e as aves que o povoam e todas as substâncias do ar.
Eu sou todos os elementos e nada do que existe está separado de mim mesmo.
Eu sei aquele que sou e isso me pacifica e me dá força e sei que nada daquilo que pensei ser jamais existiu e que tudo agora está claro e revelado porque trouxe a luz ao meu interior.
Tudo são ilusões quando vejo com os olhos do ego e penso com a mente do ego e ouço com os ouvidos do ego e sinto com o sentimento do ego.
Mas eu agora sei que já não mais sou o ego e que o ego não é mais eu mesmo e isso me deixa em paz e feliz.
Estou libertado das amarras que ele lançou sobre mim e essas amarras agora foram soltas e jamais poderão se unir porque a minha luz é mais forte e mais poderosa e tudo o que existe é somente luz e as trevas jamais tomarão conta do meu ser de novo.
Agora que descobri a luz, as trevas não prevalecerão porque eu mesmo sei que sou eu mesmo e tudo o que existe e o sentimento de alegria pela descoberta sobrepõe-se a tudo o resto e tudo o resto é ilusório, sem sentido.
Descobri que estava “possuído” por uma entidade que pensei ser eu mesmo, mas que não está relacionada comigo de nenhuma forma e que se apodera da força de eu lhe dou ao pensar nela e ao me iludir com os seus pensamentos ilusórios que coloca na minha mente e ao me iludir com os seus sentimentos ilusórios que coloca no meu coração e ao me iludir com as suas vontades ilusórias que coloca nas minhas ações.
Chegou o momento da libertação.
Não mais teorias acerca do que foi, ou do que será povoarão agora o espaço infinito, imenso, alegre e pacificador do meu interior.
Foram anos de vivências, de papéis, que eu mesmo criei para mim, considerando-me individual e separado da minha verdadeira Fonte.
Fui eu mesmo que me separei de mim mesmo e que criei o meu ego e o mundo que preparei para ele viver.
Fui eu mesmo que lhe dei casa e teto, que lhe dei família, amigos, relações sentimentais, e que convivi com ele todos os segundos da minha vida.
Foi ele que me disse que o sofrimento existia e que colocou em mim a ilusão do tempo.
Aquela ilusão de um passado, de um agora e de um futuro.
Nada disso existe porque esse conceito para mim não existe, porque eu sou eterno
e liberto do tempo, do espaço e da forma.
(Um Tratado Completo de Liberdade – Joma Sipe)

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