terça-feira, 30 de abril de 2013

Do lobo



É evidente que precisamos de tolerância em nosso caminho. Não adianta ficar o tempo todo brigando com o mundo, só porque certas pessoas não respeitam a nossa busca ou o nosso sonho.
As coisas que nos são queridas, assim permanecerão para sempre – e às vezes, escutar uma opinião exatamente contrária a nossa, termina por enriquecer e esclarecer um ponto que nos parecia obscuro.
Entretanto, não podemos confundir tolerância com passividade. Nos pontos mais delicados, devemos estar seguros de nossa decisão e da capacidade de seguir adiante.
Uma pequena história da sabedoria árabe, anotada por Mansour Challita, nos recorda a melhor maneira de agir:
Um pastor disse ao seu pai: “ensina-me a bondade”. Respondeu o pai: “ser bom como o cordeiro, mas que a tua mansidão não faça o lobo tornar-se valente demais”.
(P. Coelho)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Luz da semana



Geralmente lembramos das coisas inúteis que ouvimos e esquecemos do que é realmente importante para nós.
Para mudar essa tendência precisamos estar atentos a duas coisas:
(1) ter certeza de que não estamos falando coisas inúteis aos outros;
(2) ter o hábito de compartilhar com os outros o que Deus compartilha conosco.
Praticar isso é manter limpo o coração. Apenas um coração limpo consegue absorver o que o Pai diz.
Aqueles que sabem como empacotar o que é inútil ou negativo toleram qualquer situação. Eles nem sentem que estão tolerando. Eles são naturalmente cooperativos e tornam outros cooperativos também. Eles estão sempre contentes e tornam outros contentes também.
(Brahma Kumaris)

sábado, 27 de abril de 2013

Porque hoje é sábado



Oxalá a minha vida seja sempre isso:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme.
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pensamentos daqui e dali

Enquanto ainda há disto, pensei, um sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só — com o céu e com a natureza. 
Então compreende que devemos ser felizes no meio da vida, simples e bela. 
Enquanto assim for, sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as circunstâncias.
Creio que a natureza alivia os sofrimentos.
  (Anne Frank)


Porque orar?



Quando oramos ao Senhor, ligamo-nos a Ele, mas qual é a natureza dessa ligação? 
Se, no momento em que nos dirigimos a Ele, não procurarmos elevar o nosso nível de consciência vulgar, se só Lhe dirigirmos pedidos pessoais, até pode ser que as nossas questões se resolvam, mas não foi necessariamente Ele que interveio para elas se resolverem... nem para elas se complicarem. Deus deixa os acontecimentos desenrolarem-se segundo as leis que Ele estabeleceu. E se, para satisfazer as suas ambições e as suas cobiças, os humanos fazem funcionar mecanismos nos quais depois põem os dedos, um braço ou um pé, só eles são responsáveis por aquilo que lhes acontece, não é Deus que os castiga. E Ele também não recompensa aqueles que se esforçam por seguir pelo caminho da luz. Foram eles que, com o seu comportamento, atraíram bênçãos.
Então, por que é devemos orar? A oração é uma força que nós desencadeamos, e essa força vai influenciar certos centros do nosso cérebro. E então recebemos não só uma luz que nos ilumina em relação aos acontecimentos que estamos a viver, mas também uma inspiração para agir bem.