segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Luz da semana




Quase todos nós queremos o amor incondicional, aquele que existe apenas devido ao que somos e não por causa do que fazemos ou deixamos de fazer. Infelizmente, a maior parte do amor que experimentamos é extremamente condicional. Somos amados pelo que fazemos pelos outros, pelo dinheiro que ganhamos, etc.
Sabemos que a vida encerra muito mais possibilidades do que as que nos permitimos experimentar. Essas possibilidades são imensamente maiores quando o medo não nos aprisiona. Há um mundo novo fora e dentro de nós, um mundo onde existe menos medo e está esperando para ser descoberto.
Precisamos transformar o nosso medo em sabedoria. Avance um pouco cada dia. Exercite-se, fazendo as pequenas coisas que você tem medo de fazer. Aprenda a usar a força do amor e da sabedoria para vencer o medo.
O nosso verdadeiro poder não provém da nossa posição na vida, de uma polpuda conta bancária ou de uma magnífica trajetória profissional. Ele é a expressão de nossa autenticidade interior. São poucos os que percebem que cada um de nós possui o poder do universo dentro de si. Olhamos em volta e achamos que os outros são poderosos, que a natureza é poderosa.
Diariamente, podemos presenciar uma semente transformando-se em flor ou o sol cruzando o céu. No entanto, nós nos consideramos desligados de todo esse processo. Mas Deus não fez a natureza poderosa e o homem fraco. Assumimos nosso poder, quando nos damos conta de que somos únicos e de que temos o mesmo poder inato de todas as outras criações. Nascemos com o poder que se encontra no mais profundo de nosso ser. Lembre-se disso e reconheça-o.
Algumas pessoas sem dinheiro se sentem ricas, ao passo que alguns ricos se sentem pobres. Ser pobre significa encarar a vida com estreiteza e impotência, o que é muito mais perigoso do que estar momentaneamente sem dinheiro. Ser pobre é esquecer-se de seu valor intrínseco, que não depende do dinheiro que possuímos. Podemos considerar certos objetos como valiosos, desde que não nos esqueçamos de que nós somos ainda mais preciosos do que quaisquer objetos que possamos adquirir.
Muitos de nós vivemos na ilusão de que é sempre bom estar no controle, de que seria perigoso deixar o universo cuidar das coisas. No entanto, o nosso controle é realmente necessário para o funcionamento do mundo? O sol nasce todas as manhãs e a maré sobe e desce sem a nossa intervenção. Não precisamos dizer a nossos filhos que cresçam; não oferecemos cursos às flores para explicar-lhes como florescer, nem tomamos providências para garantir que os planetas mantenham a devida distância uns dos outros.
O universo governa com maestria este planeta surpreendentemente complexo. Sabemos disso e, no entanto, temos medo de nos entregar a esse poder. Não é fácil descobrir o bem ou a lição em uma situação difícil. Podemos ficar perplexos, perturbados ou mesmo nos revoltar. Mas, com frequência, a única maneira de o universo nos curar e fazer crescer é nos colocando diante de situações penosas. Procure olhar para o que está acontecendo como realmente é, em vez de perceber apenas o que há de mau e negativo na situação. Nenhum de nós sabe, de fato, por que as coisas acontecem na nossa vida. O problema é que achamos que deveríamos saber. Mas viver exige humildade, porque a vida é um mistério.Tudo será revelado no devido tempo.
Quando nos desapegamos e nos entregamos, liberamos as imagens mentais de como as coisas deveriam acontecer e aceitamos o que o universo nos traz. Aceitamos a ideia de que realmente não sabemos como as coisas deveriam ser. Os que estão morrendo aprendem esta lição, quando olham a vida em retrospecto. Eles percebem que as “más” situações frequentemente os conduziram a melhores situações e aquilo que acharam bom, não tinha sido necessariamente o melhor para eles.
(Elisabeth Kubler-Ross)

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