sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A preciosidade do momento

Quando escreveu esta simples prece, "Ensinai-nos a querer e a não querer", T. S. Eliot captou a possibilidade de valorizar a preciosidade de cada momento sabendo, ao mesmo tempo, que cada momento logo se dissolveria na grande canção. Podemos conservar cada florescer da vida com um coração aberto e sem apego; podemos honrar cada uma das notas da grande canção destinada a surgir e a passar com todas as coisas.
 O coração desperto pode responder à pergunta: "Quem pode desemaranhar o emaranhado deste mundo?"


Descobrimos um milagre: todas as criações da mente e do coração podem ser transformadas. A descoberta do nosso coração compassivo pode desenredar o nosso sofrimento; o despertar dos olhos da sabedoria pode desenredar a nossa ilusão.
(...) Os sofrimentos criados pela mente podem ser desenredados. Podemos libertá-los e nos abrir àquela grande canção que está além de todas as histórias, ao dharma, que é atemporal. Podemos mover-nos através da vida realizando a nossa parte e, ainda assim, ser livres em meio à vida. Quando as histórias da nossa vida não nos prendem mais, descobrimos algo maior dentro delas. Descobrimos que dentro das próprias limitações da forma  está a liberdade e a harmonia que buscamos por tanto tempo. 
Nossa vida individual é uma expressão do mistério como um todo, e nela podemos repousar no centro do movimento, o centro de todos os mundos.
(Jack Kornfiel)

Nenhum comentário:

Postar um comentário