quinta-feira, 7 de julho de 2016

Contando um conto



Sete sábios, cada um de uma religião, discutiam qual deles conhecia, realmente, a verdade.
O mestre, que observava a discussão, aproximou-se e perguntou: O que vocês estão discutindo?. Um deles respondeu: Estamos tentando descobrir qual de nós é dono da verdade. Ao escutar isso, o Mestre, imediatamente, pediu a um de seus discípulos que trouxesse sete cegos e um elefante. Em seguida, solicitou que os sete sábios observassem o que aconteceria a seguir.
Pediu aos cegos que tocassem, um de cada vez, o elefante e o descrevessem. O primeiro tocou a tromba e comentou: É comprido, parece uma serpente. O segundo tocou-o no dente e falou: É duro, acho que é uma pedra. O terceiro segurou-lhe o rabo e sorrindo disse: É cheio de cordinhas. O quarto pegou na orelha e comentou: Parece um couro bem grosso. E assim, sucessivamente, cada cego descreveu o elefante de acordo com a parte dele que estava tocando.
Quando todos terminaram de descrever o animal, o Mestre perguntou aos sete sábios: Algum desses cegos mentiu? Os sábios responderam em coro: Não senhor, todos falaram a verdade. Então, o Mestre perguntou: Mas algum deles disse realmente o que é um elefante? O silêncio tomou conta do templo, mas um deles resolveu arriscar uma resposta: Não, nenhum cego disse o que é um elefante, mesmo porque cada um tocou apenas uma parte dele. E o Mestre concluiu: Vocês, sábios, que estão discutindo quem é dono da verdade, parecem cegos. Todos estão falando a verdade, mas, como os sete cegos, cada um se refere apenas a uma parte dela. Ninguém é dono da verdade, porque ninguém a detém por inteiro. Somos donos, apenas, da parte da verdade que escolhemos analisar.

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