sexta-feira, 30 de setembro de 2016

E adoção é doação. É amor. Simples.



O dicionário nos dá uma definição clara e quase que definitiva da palavra “mãe”: mulher ou qualquer fêmea que dá à luz um ou mais filhos, segundo o dicionário Aurélio. 
Porém, essa regra nem sempre é assim. Muitos casais, por motivos diversos, não conseguem ter filhos, e a mãe não pode cumprir essa etapa da gestação e do parto de seus filhos. Optam, então, por um gesto de amor incondicional, que é a adoção – palavra que significa ação ou efeito de adotar; aceitação involuntária e legal de uma criança como filho. 
E, desta forma, muitas mães e pais realizam seu sonho de maternidade e paternidade em todo o mundo.
Adotar uma criança é um ato de amor incondicional, ou seja, um ato de aceitação do outro, independentemente de ter em sua origem o sangue e a natureza geracional dos pais que optaram por criar essa criança. 
O ventre amoroso mora, então, no coração desta mãe e deste pai, deste casal, que, juntos, assumem esse filho do coração e são capazes de supri-lo, dentre tantas necessidades, de amor e carinho familiar, que serão capazes de lhes dar valores que, por vezes, nunca teriam oportunidade de vivenciar .
Adotar uma criança é uma grande obra de amor. (Madre Teresa de Calcutá)

(Elaine Ribeiro dos Santos)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Contando um conto



Onde quer que a verdade fosse, nesse ou naquele vilarejo, logo começavam a hostilizá-la.
As pessoas a perseguiam, desdenhavam dela e lhe faziam toda sorte de desfeitas. Estavam sempre a maldize-la onde quer que ela surgisse.
Solitária, a verdade se sentou no meio-fio e, inconsolável, observou de longe o sucesso que fazia a história.
As pessoas a acolhiam e a apreciavam incondicionalmente, demonstrando gratidão por seus serviços.
Quando a história passou diante da verdade e a viu deprimida, perguntou: Por que está assim?
A verdade respondeu: Porque ninguém gosta de mim! Todos me maltratam e me rejeitam.
A história então reagiu: Claro que não te tratam bem. Ninguém gosta de olhar para a verdade nua!
Então a história deu roupas para a verdade vestir.
E assim história e verdade entraram juntas no vilarejo seguinte. E a população as recebeu com grande alegria e gentileza.
Desde então, nunca mais se viu a verdade viajar sem a companhia de uma história.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Palavras



Carregamos muito peso inútil. Largamos no caminho objetos que poderiam ser preciosos e recolhemos inutilidades. Corremos sem parar até aquele fim temido, raramente nos sentamos para olhar em torno, avaliar o caminho e modificar ou manter nosso projeto pessoal.
(Lya Luft)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Lições da natureza



Observai a natureza e descobrireis que ela está sempre a apresentar-nos métodos para resolvermos os nossos problemas. 
Por exemplo: como é que a ostra faz para fabricar uma pérola? Um grão de areia entrou na sua concha e tornou-se uma dificuldade para ela, irrita-a. «Ah, diz ela, como é que eu vou livrar-me deste grão de areia? Ele incomoda-me, arranha-me. O que hei de fazer?» A ostra põe-se a refletir, concentra-se… medita! Um dia, começa a segregar uma matéria especial com a qual envolve aquele grão de areia tão desagradável e ele torna-se liso, polido, aveludado. Quando o conseguiu, ela fica contente e diz para si própria: «Não só este grão já não me incomoda, como eu fiz dele uma pérola magnífica!»
É esta a lição da ostra perlífera: ela mostra-nos que, se conseguirmos, pelo pensamento, envolver os nossos aborrecimentos, as nossas contrariedades, com uma matéria luminosa, irisada, acumularemos grandes riquezas. O verdadeiro espiritualista sabe trabalhar sobre as suas dificuldades para fazer delas pérolas muito preciosas.
(Omraam Mikhaël Aïvanhov)

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Luz da semana



Conflitos acontecem por uma razão: há uma lição para ambas as partes aprenderem. 
Nós viemos a este mundo com um conjunto específico de traços de caráter reativos e autocentrados profundamente alojados em nosso interior e que se manifestam na superfície.
Incompatibilidades têm um propósito: apertar nossos botões de reatividade e revelar as características implantadas em nossa natureza que viemos a este mundo para modificar.
Sempre que identificamos um traço negativo, assumimos a responsabilidade por ele e dedicamos o esforço necessário para transformá-lo, nos conectamos com um mundo de luz e nossa vida se torna muito melhor.
(Yehuda Berg)

domingo, 25 de setembro de 2016

Pensamentos daqui e dali



Por que você liga tanto para coisas que não deveriam incomodar? Por que temos esse estranho jeito de querer resolver tudo?
As vezes até o que não é do nosso meio, nem da nossa capacidade.
Nos perdemos em discussões tolas, esforços em vão, suor a toa.
Para o nada…
Perdemos um tempão com coisas bobas, brigas tolas. Discutimos muito para saber quem tem razão.
Lógico que, querendo sempre ter a razão.
E assim, perdemos tempo precioso, perdemos amigos, amores, conhecidos.
Tudo porque queremos ter a razão, reafirmar que somos superiores.
O que realmente importa é fazer o que nos faz bem e que pode ser repartido, compartilhado, dividido com outros.
Não perca saúde, alegria, vida e amigos discutindo o vazio.
Melhor é ter emoção, coração do que razão.
A razão passa, se perde.
A emoção pode ser eterna.
(Paulo Roberto Gaefke)

Para aquecer o coração

sábado, 24 de setembro de 2016

Palavras



Se eu ficasse amarga com tudo o que acontece de negativo – não é meu jeito – contaminaria a casa onde moro, a família que me cerca, o companheiro que está comigo, os amigos e o mundo.
Porque sou importante? 
Nada disso. Porque cada um de nós é uma partícula mínima, parte do grande oceano em que somos lançados ao nascer: cada gota envenenada modifica o todo, por pouco que seja.
(Lya Luft)

Porque hoje é sábado



Não se pode dizer para a primavera: tomara que chegue logo e dure bastante.
Pode-se apenas dizer: venha, me abençoe com sua esperança e fique o máximo de tempo que puder.
(Paulo Coelho)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O longo caminho leva à alegria



A semente da plena consciência se encontra em cada um de nós, mas nos esquecemos de regá-la. Acreditamos que só seremos felizes no futuro, quando conseguirmos uma casa, um carro ou um doutorado. Mantemos uma luta em nossa mente e em nosso corpo e não sentimos a paz e a alegria que temos ao nosso alcance neste preciso instante: o céu azul, as folhas verdes e os olhos de nosso ser querido.
O que é mais importante? 
São muitas as pessoas que passam em provas e compram casas e carros, mas seguem sendo infelizes. 
O mais importante é encontrar a paz e dividi-la com os demais. E para encontrá-la, podemos começar a caminhar com calma. 
Tudo depende de teus passos.
(Thich Nhat Hanh)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Contando um conto


Era uma vez uma aldeia situada no cume de uma montanha e que não conhecia a primavera.
Os habitantes da aldeia já tinham ouvido falar da primavera, mas nunca a tinham visto. Sabiam que era prima do verão e do inverno, com os quais mantinha uma relação próxima, já com o seu primo outono a relação era distante e tênue, viviam em extremos opostos e nunca se cruzavam. Só o conhecia pelo que falavam dele, pois nunca se tinham encontrado.
Um dia a notícia de que a primavera viria visitar a aldeia espalhou-se e os seus habitantes ficaram muito ansiosos pela chegada desse dia.
Na data marcada, eis que chega a primavera! Pediu boleia a uma rajada de vento que se comprometeu a deixá-la na aldeia às horas marcadas. Já todos a esperavam.
Quando a viram e a puderam observar mais de perto constataram a sua sublime e serena beleza. Era tão linda, a primavera!
Vestia roupas frescas de tecidos transparentes de cores garridas. O seu cabelo era longo e caia-lhe nos ombros. O seu sorriso era os primeiros raios de sol que alegravam e aqueciam qualquer coração humana. O seus olhar contundente refletia a paz do céu azul e a sua respiração era a brisa suave que lhes beijava o rosto. As suas delicadas expressões corporais assemelhavam-se às mais puras manifestações de fertilidade.
A certa altura, tirou de dentro da mala que trazia a tiracolo e que era a sua bagagem, uma pequena caixinha de música, já antiga, cinzelada, de cor púrpura e com motivos florais dourados. Abriu-a! Uma melodia suave ecoou nos ouvidos dos habitantes deixando-os em estado de êxtase. Era uma espécie de amálgama onde se misturavam o chilrear dos pássaro, o zumbir das abelhas, os gritos eufóricos das crianças a brincarem no campo, o bater da roupa molhada na pedra do tanque enquanto era lavada e o esvoaçar da roupa no arame a secar.
Consigo trazia também um frasco de vidro transparente com um líquido de cor lilás que emanava o intenso e relaxante perfume da glicínia.
Os mais curiosos conseguiram ainda, mesmo sem ela lhes ter mostrado, alguns dos lenços que trazia onde as borboletas voavam livremente sobre as flores de mil cores e sobre os campos verdejantes.
Havia ainda algo que a primavera lhes queria mostrar: um relógio! Um belo e valioso relógio de bolso prateado. Não tinha números…só a imagem da lua e do sol e duas cores: branca e negra. A branca era mais extensa e logo se aperceberam que aquele era o relógio que ditava as regras dos dias. Com a chegada da primavera à aldeia os dias começariam a ser maiores e as noites mais pequenas.
Caiu a noite…E os habitantes da aldeia preparavam-se para ir dormir, assim como a Primavera que estava exausta da viagem, quando se depararam com mais uma melodia mágica, com que a primavera resolvera brindá-los, pela simpatia de ter sido tão bem recebida. Era o som possante dos grilos machos e das corujas que entoavam, na imensidão da noite, os seus cânticos sobre um manto de brilhantes, que refletiam a alegria de todos os habitantes.
Também para eles começava um novo ciclo com a chegada da primavera…O ciclo revitalizado da fertilidade!



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Pensamentos daqui e dali



Quando a minha mente está calma, eu acesso uma confiança que é descanso e proteção. Uma fé genuína na preciosidade da vida. Sinto que tudo em mim se reorganiza, silenciosamente, o tempo todo. Que isso tem mais a ver com o meu olhar, com a natureza das sementes que rego, do que eu possa perceber. 
Minha expectativa, tantas vezes ansiosa, de que as coisas sejam diferentes, dá lugar à certeza tranquila de que, naquele momento, tudo está onde pode estar. Em vez de sofrer pelas modificações que ainda não consigo, eu me sinto grata pelas mudanças que já realizei. 
E relaxo...
(Ana Jácomo)

Se queremos alcançar a verdadeira paz



Se queremos alcançar neste mundo a verdadeira paz e se temos de levar a cabo uma verdadeira guerra contra a guerra, teremos de começar pelas crianças; e não será necessário lutar se permitirmos que cresçam com a sua inocência natural; não teremos de transmitir resoluções insubstanciais e infrutíferas, mas iremos do amor para o amor e da paz para a paz, até que finalmente todos os cantos do mundo fiquem cobertos por essa paz e por esse amor pelo qual, consciente ou inconscientemente, o mundo inteiro clama.
(Gandhi)

terça-feira, 20 de setembro de 2016

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Luz da semana



Os frutos que crescem na árvore não são ingeridos por ela. 
O poço nunca bebe sua própria água. 
O sol não usa seu calor e luz. 
Nada tem utilidade por si só, o valor está em servir. 
Como seres humanos, ficamos alegres ao servir outros. Essa lei sustenta a verdade é dando que se recebe, portanto o sábio nos relembra: receba respeito, dê respeito, receba amor, dê amor e receba bênçãos, dê bênçãos. 
Essa lei funciona mesmo em nível de vibrações e pensamentos. Pratique-a.
(Brahma Kumaris)

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Palavras



Homem, que fazes tu? Para quê tanta lida
Tão doidas ambições, tanto ódio, tanta ameaça?
Procuremos somente a beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa.

(Eugênio de Castro)

Tome uma xícara de chá



Tristeza não é errado.
O medo não é errado.
Confusão não é errado.
Nossa dor não é errada.
Resistir à nossa dor é o que faz tudo parecer errado.
E ainda, aqui há uma verdade mais profunda, para aqueles que estão abertos:
Mesmo a nossa resistência à dor não é errada.
Se é isso que está acontecendo, isso não pode estar errado.
É uma expressão válida de vida no momento.
Além de 'certo' e 'errado'.
Esse amor também abraça a resistência.
Este Agora é vasto, e de perdão.
No entanto, mesmo a resistência é apenas um outro conceito.
Outro julgamento.
Outra maneira de fazer-nos mal.
Resistência, ruim. Aceitação, bom.  Isso é o que nós aprendemos.
Não é que nós resistimos à nossa dor. Nós apenas nunca aprendemos como ficar com ela.
Como sentar-se com ela. Ficar com ela. Tomar uma XÍCARA DE CHÁ com ela.
Veja-a como um amigo querido, em casa, na vastidão.
Nossa ignorância é a nossa inocência.
Nós apenas nunca aprendemos.
Nossa dor não é errada.
É um convite.
Um ensinamento antigo.
Universal. Grátis.
A vida nos convida a chegar mais perto.
Caindo através das camadas imaginárias, para um grande mistério ...

(Jeff Foster)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Contando um conto



Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos.Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa.
Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia.
Para sua grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou:Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes.
Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele. Quando saiu, ele pensou: Que lugar horrível, nunca mais volto aqui.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Pensamentos daqui e dali



[...]Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não veem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. 
Que troca infeliz! 
Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos.
(Rubem Alves)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Um novo dia, a cada dia



Cada dia é sempre diferente dos outros, mesmo quando se faz aquilo que já se fez. Porque nós somos sempre diferentes todos os dias, estamos sempre a crescer e a saber cada vez mais, mesmo quando percebemos que aquilo em que acreditávamos não era certo e nos parece que voltámos atrás.
Nunca voltamos atrás. Não se pode voltar atrás, não se pode deixar de crescer sempre, não se pode não aprender. Somos obrigados a isso todos os dias. Mesmo que, às vezes, esqueçamos muito daquilo que aprendemos antes. Mas, ainda assim, quando percebemos que esquecemos, lembramo-nos e, por isso, nunca é exatamente igual.

(José Luis Peixoto)

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Luz da semana



A religião natural da natureza é o ritmo de equilíbrio e ordem. Seus padrões e leis deveriam sustentar nossas vidas. 
Porém, de forma desrespeitosa, a interferência humana está produzindo desordem. O respeito pela natureza não deveria apenas vir do medo das consequências de não a tratarmos com respeito, mas da humildade que os seres humanos precisam para entender e aplicar. Humildade é a abertura para aprender. Ela nos torna flexíveis e sem-ego. Ela nos faz entender que há leis maiores do que as leis feitas pelo homem. 
É bom admitir que não sabemos tudo, ainda há coisas para descobrir. Não podemos nos apropriar da Terra, do mar e do céu. Eles são nossos quando os respeitamos.

(Brahma Kumaris)

sábado, 10 de setembro de 2016

Porque hoje é sábado



Concentra-te neste dia que desponta!
Pois ele é a vida,
A própria vida em seu breve curso.
Jazem nele todas as verdades e realidades de tua existência:
A felicidade de crescer,
A glória de agir,
O esplendor da beleza;
Pois o dia de ontem é apenas um sonho
E o amanhã uma visão,
Mas o dia de hoje, bem vivido,
Torna cada dia passado um sonho de felicidade
E cada amanhã uma visão de esperança.
Concentra-te, portanto, neste dia!
Neste dia maravilhoso que desponta.
(Autor desconhecido)

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Coisas d'alma



A saudade é um buraco dolorido na alma. A presença de uma ausência.
A gente sabe que alguma coisa está faltando. Um pedaço nos foi arrancado. Tudo fica ruim.
A saudade fica em uma aura que nos rodeia. Por onde quer que a gente vá, ela vai também. Tudo nos faz lembrar a pessoa querida. Tudo que é bonito fica triste, pois o bonito sem a pessoa amada é sempre triste.
Aí, então, a gente aprende o que significa amar: esse desejo pelo reencontro que trará a alegria de volta. A saudade se parece muito com a fome. A fome também é um vazio. O corpo sabe que alguma coisa está faltando. A fome é saudade do corpo. A saudade é a fome da alma.
(Rubem Alves)

Contando um conto



Eu acompanhava um amigo à banca de jornal. Meu amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, meu amigo sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando nós descíamos pela rua, perguntei:
- Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?
- Sim, infelizmente é sempre assim.
- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
- Sim, sempre sou.
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos' próprios donos'. Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Coisas d'alma




Eu tenho sido um buscador, e ainda sou, mas eu parei de perguntar aos livros e as estrelas. Eu comecei a ouvir os ensinamentos de minha própria alma.
(Rumi)

Pátria amada




[…] Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado […]

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Entre aspas



Você é um convidado.
Deixe esta terra um pouco mais bonita,
um pouco mais humana,
um pouco mais amorosa,
com uma fragrância um pouco mais bela para aqueles que virão depois de você.
(Osho)

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Luz da semana



É preciso ter coragem para ter um ponto de vista e ainda estar extremamente interessado no ponto de vista dos outros. Isto acontece na extensão em que você está preparado para mudar o seu ângulo de visão. 
Significa dizer: eu sou flexível e agradeço por haver tantas formas de ver; eu tenho humildade para aprender; eu procuro estar com você no mesmo terreno, ao invés de me opor a você para manter um território preestabelecido.
(Mike George)

sábado, 3 de setembro de 2016

Porque hoje é sábado



Se quiserem que eu tenha um misticismo, está bem, tenho-o.
Sou místico, mas só com o corpo.
A minha alma é simples e não pensa.
O meu misticismo é não querer saber.
É viver e não pensar nisso.
Não sei o que é a natureza: canto-a.
Vivo no cimo dum outeiro
Numa casa caiada e sozinha,
E essa é a minha definição.
(Alberto Caeiro)

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Contando um conto



Sofrendo muito com a seca que castigava seu vilarejo há vários meses, os aldeões do lugar decidiram pedir ajuda a um sábio mestre Zen que por ali passava:
Será que o senhor, com seu conhecimento e suas preces, teria como trazer a chuva aos nossos campos?
Calmamente, o mestre não disse nem que sim, nem que não. Apenas pediu que lhe emprestassem uma pequena casa com um pedaço de terra onde pudesse cultivar um jardim.
Assim foi feito e então, todos os dias o velho sábio cuidava do seu pequeno jardim, simplesmente, sem praticar qualquer ritual ou qualquer magia. Até que, depois de algum tempo, os céus se abriram e a chuva começou a cair, generosa, sobre a terra ressecada.
Surpresos, os aldeões foram perguntar ao mestre o segredo do milagre. E ele respondeu, humildemente: Só sei que a cada dia, ao cultivar o jardim, eu me voltava mais para dentro de mim mesmo. Não sei por que a chuva resolveu cair, mas tenho certeza que a terra do meu jardim já está preparada. E a de vocês?